Quem nunca ouviu o som dessa maquina por aí não sabe
o que é um genuíno Muscle-car brasileiro, que foi capaz de bater de frente com clássicos
Rivais Americanos. Capaz de arrancar suspiros de colecionadores e admiradores esse
clássico brasileiro é mesmo de arrepiar.
Uma versão esportiva do Opala já era objeto de
especulação no início de 1970. Dizia-se que teria um tempero mais picante, com
direito a carburadores duplos ou triplos. A fantasia se confirmou, mas com
receita bem mais branda. Estreando já como modelo 1971, o SS, ao lado do Gran
Luxo, vinha completar a linha já composta pelas versões Especial e De Luxo. Aos
novatos cabia inaugurar o motor 4100 de seis cilindros, com potência bruta de
140 cavalos. O ganho de 23 cavalos em relação aos 3800 já existentes
proporcionava uma velocidade máxima de 169,49 km/h, valor muito bom para a
época.
Para não dizer que a esportividade do SS se resumia
à aparência, vale dizer que ele trouxe para a família câmbio de quatro marchas
com alavanca no assoalho. Também eram novidade os bancos dianteiros
individuais.
As faixas pretas no capô e nas laterais e as rodas
de aço com desenho de estrela e 5 polegadas de largura, meia a mais que nas
outras versões, eram os sinais externos do espírito do carro. No interior,
alguns toques de requinte, como manopla de câmbio e aro de volante de madeira,
mais um relógio analógico no console à frente da alavanca de marchas. No painel
de instrumentos, um tímido conta-giros entre os dois mostradores maiores.
A "cara de mau" do carrão era neutralizada
pelas quatro portas. Porém, o modelo 1972 estreava a carroceria cupê, cujos
destaques eram ausência de coluna central, janelas sem molduras e caída fluida
da traseira. O novo formato parecia ter sido feito para o SS e se tornaria o
padrão da versão até o fim da vida dela, em 1980. Os primeiros sedãs passariam
para a história como figurinhas difíceis para o "álbum" de colecionadores.
Na estreia do modelo, já se apontava que o motor
estava por demais "estrangulado", uma vez que tinha o mesmo
carburador de corpo simples do 3800. O fôlego que faltava veio em 1976, com o
lançamento do motor 250-S. Com carburador de corpo duplo, tuchos de válvula
mecânicos e comando mais "bravo", o 250-S chegava aos 171 cavalos
brutos. Em comparativo realizado em março daquele ano contra os eternos rivais
Dodge Charger R/T e Ford Maverick GT, o Chevrolet atingiu a máxima de 189,48
km/h e ficou com o título de o mais veloz do trio. Porém ficou atrás no 0 a 100
quando comparado ao rival da Ford: 11,67 segundos contra 10,85, ainda que
superando o Charger, que cravava 12 segundos. Somente no SS o 250-S era de
série, sendo oferecido como opcional nos Opala que não eram "de
briga".
O teste constatava que a suspensão continuava macia
para um esportivo, afundando demais a frente em frenagens e aumentando o espaço
de parada. Com discos sólidos à frente, ainda não havia um bom resfriamento do
sistema, causando fadiga. "O Opala é mais fácil de ser dominado devido a
seu menor peso. Mas se ressente de uma suspensão mais rígida para evitar o
excessivo balanço em curvas, o que obriga o motorista a rápidas correções para
não sair da trajetória original", dizia o repórter Emílio Camanzi.
Como as alterações do SS eram basicamente estéticas,
sua marca era a variedade de formas das faixas externas, que mudavam conforme o
ano e o modelo. Acompanhando a família, sofreu re-estilização leve em 1973, com
as setas passando às laterais dianteiras dos para-lamas. Mudanças maiores de
estilo ocorreriam a partir da linha 1975, que ganhava novo capô, luzes de seta
inspiradas no Chevelle 1971 e os dois pares de lanternas redondas que davam um
toque de Impala ou Camaro à traseira.

Realmente, esse clássico impõe respeito não é ?
FONTES:
Conteudo: Revista quatro rodas, reportagem Grandes clássicos brasileiros. Diposnivel em:
http://quatrorodas.abril.com.br/classicos/brasileiros/conteudo_194819.shtml
Imagens retiradas da internet.
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